Dança e saúde convivem harmoniosamente

Ato de dançar contribui para consumo de calorias, sensação de bem-estar, equilíbrio físico-mental e qualidade de vida

Denise Rasmussen

Dançar exige acima de tudo, vontade e necessidade. A dança proporciona prazer e saúde. Para a professora de dança de salão, massoterapeuta e assistente social, Iza Valentim, 42 anos, a dança propicia a liberação de substâncias químicas responsáveis pela sensação de bem-estar, além de promover as relações interpessoais e de ser um excelente exercício aeróbico, na medida em que incrementa a capacidade pulmonar e cardíaca. “A coordenação motora, a concentração e a inteligência emocional são estimuladas. Em uma hora de dança consome-se, em média, de 300 a 400 calorias”, afirma.

De acordo com ela, o sentimento da música expresso através de passos e gestos conduz as pessoas ao desligamento dos problemas cotidianos, que causam o estresse. Ela explica que o mundo moderno tem exigido muito das pessoas, seja no plano profissional ou pessoal e a correria diária tem sido desgastante e contribuído significativamente para o aparecimento de doenças psicossomáticas. “A dança é capaz de promover a saúde integral do ser humano, tanto corporal quanto emocional, o que implica no equilíbrio físico-mental e qualidade de vida”, completa.

Iza não tem academia e nem pretende ter. Ela desenvolve um trabalho com enfoque e público diferentes. “Ministro aula personalizada ou em associações e busco sempre utilizar uma metodologia que faça o aluno descobrir o próprio corpo com suas limitações e potencialidades”, explica. Na didática, ela procura fazer ilustrações com o cotidiano das pessoas, proporcionando a incrível sensação de prazer e alegria e incrementando as relações dos casais, o que significa auto-estima. “Meu objetivo principal não é ser dançarina, mas sim professora”, afirma.

O ato de dançar isoladamente tem pouco a contribuir com o bem estar integral do ser humano. Segundo Iza, isso fica restrito ao “ato marombeiro”. “Mais do que práticas emergentes, é necessário despertar nas pessoas a essência da vida. Isso não é simples porque estamos falando de cultura”, argumenta. Ela acredita na arte como forma de mudança e socialização, mas, gosta de pensar em somar o intelectual com o emocional. “Se for elaborada por pessoas com jeito peculiar e que tenha os olhos na inclusão social será construir cultura. A dança e a música são instrumentos imprescindíveis e capazes de executar ações interativas e humanizadas que despertam, excitam, instigam, socializam e promovem saúde”, exemplifica.

A professora atua em uma unidade da Secretaria Municipal de Saúde mental (SMS) Psicossocial e coordena oficina para alcoolistas e toxicômanos, utilizando a técnica de dança em alguns momentos. Formada em serviço social pela Universidade Católica de Goiás (UCG), especialista em gestão de sistemas e serviços de saúde pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e especialista em Docência Universitária pela Universidade Católica de Goiás (UCG), ela investe no aprofundamento profissional que prioriza a saúde das pessoas.

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